
rua minha
Flutuei a luz da lua
Na velha rua do meu caminhar
Nas noites frias o vento trazia
As vozes e risadas da boemia
Tantas vezes minhas asas pesaram na densa neblina que na rua abraçava
Antes do amanhecer
Lembro-me que me protegia sob teus galhos que habitavam
Na rua minha
Rua tua
Ví a vida e a morte
os sonhos e as gaiolas
dos habitantes imigrantes
negros e árabes.
Na rua minha,
rua tua
para todos eram turcos,
que depois do carnaval
olho para minhas asas
vejo uma mistura singular
a imagem reflete nas correntezas incertas do rio
e em teus barrancos aos trancos a cidade crescia.
na rua minha
rua tua
ouvi as primeiras melodias de amor
na luz da lamparina queimei a asas
encontrei a dor.
no mimetismo das diversas máscaras ouvir histórias e glórias
as asas se foram com vento
que perderam – se na memória daqueles que ainda passeiam
na rua minha
rua tua
quando o sol se põe atrás da curva
Flutuei a luz da lua
Na velha rua do meu caminhar
Nas noites frias o vento trazia
As vozes e risadas da boemia
Tantas vezes minhas asas pesaram na densa neblina que na rua abraçava
Antes do amanhecer
Lembro-me que me protegia sob teus galhos que habitavam
Na rua minha
Rua tua
Ví a vida e a morte
os sonhos e as gaiolas
dos habitantes imigrantes
negros e árabes.
Na rua minha,
rua tua
para todos eram turcos,
que depois do carnaval
olho para minhas asas
vejo uma mistura singular
a imagem reflete nas correntezas incertas do rio
e em teus barrancos aos trancos a cidade crescia.
na rua minha
rua tua
ouvi as primeiras melodias de amor
na luz da lamparina queimei a asas
encontrei a dor.
no mimetismo das diversas máscaras ouvir histórias e glórias
as asas se foram com vento
que perderam – se na memória daqueles que ainda passeiam
na rua minha
rua tua
quando o sol se põe atrás da curva
vem a lua
verás que na rua minha, rua tua
as mariposas ainda estão lá.
verás que na rua minha, rua tua
as mariposas ainda estão lá.
Gardenia Rodrigues